quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Mané esta sentado diante da TV. São dez da noite e um jogo se desenrola na telinha. Nisso, chega da escola a filha e desaba no sofá não sem antes atirar a mochila pra um lado e o sapato para outro. Ela reclama do calor, do transporte público, do trabalho e da escola. A vida é uma merda. Mané tenta conversar e lhe faz perguntas protocolares que são respondidas com monossílabos e muxoxos. Mané desiste do contato e continua observando enquanto sua filha derrete no sofá ao lado. Agora são 10:30hs. Súbito, toca o telefone. Mané atende a uma voz masculina que pergunta por ela. Mané passa a ligação e ela vai atender no quarto. Agora são 10:33hs, a filha volta à sala toda pimpona, já escovou os dentes e o cabelo, batonzinho básico na boca, dentes à mostra. Nem sombra do farrapo que estava estatelado no sofá há poucos segundo atrás. A filha sai saltitante e Mané volta para o jogo. Milu se aproxima e Mané faz carinho nele. 01/11/2012

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