sábado, 28 de janeiro de 2017
Mané pesa hoje muito menos do que pesava antes. Isso não quer dizer que ele seja uma pessoa magra, mas também não se pode chamá-lo de gordo, nem gordinho. Dos seus quase 60 anos de vida, Mané acredita ter passado metade deles acima do peso, talvez um terço em estado de obesidade, outro quinto em obesidade mórbida. Mas Mané nunca se importou muito com seu peso, nunca teve vergonha de se despir na piscina, nunca se constrangeu de se entalar em cadeiras de avião, tampouco se inibiu diante de mulheres desejadas por conta da gordura. Um fato curioso é que, quando se encontrava gordo, Mané notava muitos outros gordos pelas ruas. Hoje, ao contrário, ele estranha ao ver um gordão passar por ele. Será aquela mania das pessoas criticarem fortemente algo que faziam antes, como fazem ex fumantes, por exemplo? Mané sabe que o ser humano é mau por natureza, os defeitos e os problemas sempre estão nos outros. Mané agora vai se policiar a agir de forma menos critica ao lidar com gordos, ao invés, ao se deparar com um magro, vai imaginar que ele pode ser um ex gordão e vai conjecturar sobre a quantidade de pelanca que ele carrega debaixo de toda aquela elegância. 20/03/2015
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