domingo, 12 de julho de 2020

Mané leu um post que falava sobre morte, assunto recorrente no momento. Por sorte era um engano, o morto não tinha morrido mas, enfim, pessoas têm morrido aos borbotões e isso fez Mané pensar em pessoas que se foram e que, às vezes, ele esquece do fato. Assim acontece com uma prima, que morreu em 2006, e não tem uma vez que Mané passe na rua onde ela morava, que ele não diminua a velocidade para ver se a encontra na porta do prédio ou atravessando a rua. Isso dura uma fração de segundo, em seguida ele se dá conta do lapso e fica com raiva de si próprio. Uma namorada de Mané, falecida em 1986, trabalhava num banco na Henrique Schaumann e Mané já se postou na porta do prédio a esperar pela saída dela só depois se dando conta de que definitivamente ela não ia aparecer. Semana passada Mané foi até a casa da mãe, que está de quarentena em Atibaia, para aguar as plantas e saiu pelo apartamento procurando pela Lali, a cachorrinha que morreu no início de maio. Encontrou o maior silêncio e deu vontade de sentar e chorar. 02/07/2020

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