sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
Mané é uma pessoa pragmática. Não vai em bola dividida. Pra tentar o chute a gol a bola precisa estar quicando sozinha na pequena área, sem goleiro. Às vezes essa situação demora a ocorrer mas, quando ocorre, Mané não perde o gol. Mané é cauteloso e sabe que já deve ter perdido boas chances mas, cada um é cada um, Mané tem medo de ser mané. Hoje na mesa da janta discutiram as hesitações dele no campo amoroso e Salma o acusou de demorar quatro meses para abordá-la depois do primeiro contato. Nesse período encontrou-a algumas vezes e a cumprimentava de forma blasée, como se não quisesse nada com ela. Imaginem, disse Salma aos filhos, no dia que me chamou pra sair, no fim do encontro ao me deixar em casa disse: “bom, tchau então, a gente se fala” e Salma, furiosa, respondeu: “que tchau o que, tá doido?” Bom, o fim dessa história todos já sabem. Pior, disse Mané, enquanto todos riam, fiz com a Laila, aquela garota que namorei em 1978, levei pra jantar umas 20 vezes, aquele clima e os encontros sempre redundavam em nada. Ao fim do 21o encontro Laila estava com cara de poucos amigos e Mané continuava a girar em círculos como um tubarão mas nada de dar o bote. Súbito, Laila lhe disse: “para logo com essa enrolação, faz logo o que você quer fazer”, e tascou-lhe um beijo na boca. Mané correspondeu mas aqui entre nós, esse caso não acabou bem. 10/10/2020
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