terça-feira, 30 de março de 2021
Mané tinha um laço erótico com batida de abacaxi com vinho. Ele explica. Na juventude, quando frequentava o movimento juvenil, por ocasião dos acampamentos no sítio da instituição em São Roque, tinha um boteco na estrada que servia a tal bebida e não tinha muita importância qual a idade da pessoa que se candidatava a tomar. Enquanto os pais pensavam que os filhos estavam adquirindo cultura e amor pelo Estado de Israel, os jovens fugiam à noite para encher a cara de batida de abacaxi com vinho. No 278o dia de pandemia, Mané passava pelo Itaim Bibi quando se deparou com o Mestre das Batidas e levou pra casa uma garrafada de batida de abacaxi com vinho. Todos gostaram mas não acharam assim tão delicioso quanto Mané proclamava. Samira disse que batida de côco com vodca era muito melhor. No 300o dia de pandemia, de novo no Itaim Bibi, Mané adquiriu uma garrafada de batida de côco com vodca e, cá entre nós, achou mais gostosa que a outra. Samira jactou-se mas no fundo no fundo, Mané ficou triste pela destruição de um ícone da sua juventude, no fim, a batida de abacaxi com vinho significava mais do que o gosto de batida de abacaxi com vinho. Se é que me entendem.06/01/2021
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