sábado, 9 de novembro de 2013

Mané está lá na fila do plantão fiscal da Receita Federal, como sempre maldizendo os funcionários públicos e a sua sorte, nesta ordem, quando sente uma irrefreável vontade de fazer xixi. Depois de hora e meia, tem duas pessoas na sua frente e o tempo dos atendimentos parece ter triplicado. Mané se aproxima do guardinha, cuja função é gritar “próximo” e lhe pergunta se acha que vai dar tempo se ele for ao banheiro. O sujeito lhe devolve um olhar de torturador e lhe pergunta se a vontade em questão é a número 1 ou número 2. Mané responde em voz alta: “é xixi”. Então a autoridade diz que é melhor segurar, pois se ele o chamar e Mané não estiver ali, Mané perde a vez. Mané resolve esperar e quinze minutos depois já estava sentado na frente de um fiscal, tendo a situação se resolvido em outros quinze; “o Sr. vai ter que retornar aqui quando o programa de 2013 estiver disponível”, e “a malha fina pode não aceitar o relatório da Sul America, melhor conseguir os recibos originais”. Com a bexiga já explodindo, Mané corre até o banheiro e repara que não tem luz, mas mesmo assim Mané faz o que tinha que fazer. Mané não tem certeza, mas acha que a sua pontaria não estava muito boa naquela escuridão. 30/01/2013

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