sábado, 9 de novembro de 2013
Mané senta na poltrona. Não fez nada o dia todo, mas está exausto. Esta é a deixa para Milu se aproximar, sentar na sua frente e ficar encarando. Mané tenta conversar, fazer cafuné, mas nada tem resultado. O cãozinho se esquiva e volta para a posição original encarando. Mané fala as palavras mágicas: “quer cenoura”? O cão vibra e imediatamente se põe de pé, rodopia em torno de si mesmo e depois espera ansioso com a bunda empinada. Mané percebe que já tem dois pedaços de cenoura pelo chão da sala e tenta contemporizar com o cão, mas não tem acordo, ele quer uma novinha da geladeira. Mané faz então um esforço hercúleo e vai até a geladeira. O cão vem atrás saltitando e rodopiando. No caminho Mané pega as cenouras usadas do chão e tenta dá-las ao cachorro. Ele rejeita. Mané então abre a geladeira e mexe no saco das cenouras. O cachorro geme de aflição. Mané então faz de conta que as cenouras velhas eram novas, lava e retira os pedacinhos pretos e volta pra sala com o cão nos seus calcanhares. Mané senta de novo no sofá, Milu está a ponto de explodir. Mané fala: “senta”! Ele senta e nesse momento ganha uma das cenouras recicladas e com ela entre os dentes foge pra debaixo da mesa. Em poucos segundo ele volta pra reclamar a segunda cenoura. Ouve-se a cenoura sendo roída. Mané se recosta feliz, pois sabe que satisfez o cão e que ainda é mais esperto que ele. 26/01/2013
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