quarta-feira, 16 de abril de 2014

Mané tem se sentido um intruso na própria casa. Durante a semana, das 10 as 16, fica difícil encontrar um lugar para ficar. Mané está pensando em implantar um novo sistema de arrumação. Pela manhã a passagem de roupas e lavagem da louça é feita num local isolado e distante, mas quando a moça dos serviços gerais entra pela casa, se inicia um processo de desmonte de toda a estrutura do lar. Pra começar, a maquina de lavar geme o dia todo. Cada um dos ambientes vai ficando revirado e inacessível e assim permanece até que se terminem as atividades febris do almoço. É quando se inicia a remontagem, lençóis são esticados, cadeiras desviradas, tapetes desdobrados e aos poucos a coisa volta ao normal. Por volta das 15, Mané pode finalmente encostar os ossos na sua poltrona e o silêncio volta a reinar. Um verdadeiro inferno. Mané reclamou com a esposa sobre a falta de planejamento, mas sua peroração não obteve eco. Por que a moça que trabalha aqui não arruma um cômodo de cada vez do início ao fim ao invés de implantar o caos total? 01/12/2013

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