sábado, 28 de janeiro de 2017

Certa vez, quando jovem, Mané começou um estágio numa empresa onde trabalhava uma moça que sabia ler a mão. A moça não alardeava esse atributo e costumava ler as mãos somente daqueles com os quais tinha certa intimidade. Claro que Mané se tornou íntimo dela, inclusive porque, além de saber ler a mão das pessoas, ela tinha outras qualidades, a bem da verdade era uma mulher bem gostosa. E Mané, aos 20 e muito poucos anos, ficava embasbacado com a moça de 20 e muitos, com a sua conversa serena, com a sua doce voz e com o sorriso que ela abria cada vez que Mané se aproximava dela para lhe pedir que lesse a sua mão. Numa tarde tranqüila Mané sentou-se à sua frente com a mão espalmada e a moça segurou a mão de Mané assim por baixo com uma das mãos enquanto acariciava a palma com a ponta dos dedos da outra. Só isso já teria bastado para Mané, mas a moça começou a leitura e logo de cara foi dizendo: “você é uma pessoa que poderá ter sucesso na vida”! Mané vibrou enquanto ela continuava alisando a mão dele. Ela continuou dizendo que o sucesso dependia só dele, mas que a linha da vida tinha um corte e que isso significava que ele ia atrapalhar a própria vida. Concentrada na palma da mão de Mané ela prossegue: “Você vai começar as coisas e vai abandoná-las no meio do caminho, vai perder oportunidades por não acreditar em você mesmo, mas o mais importante é que, preste atenção, seja mais persistente, siga em frente nos seus projetos, você tem tendência a deixar as coisas inacabadas, está escrito aqui na sua mão.” Naquele momento, já apaixonado, Mané não deu a menor importância para as palavras da moça, preferiu convidá-la para sair e ela aceitou. Naquela noite 28/04/2015

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