sábado, 28 de janeiro de 2017
Mané mudou um pouco a decoração do quarto a fim de ter um canto pra ler La dentro, antes a opção no quarto era ficar recostado nos travesseiros da cama o que acabava dando sono. Na sala, onde é o melhor lugar sempre acontece muita coisa e a leitura acabava ficando entrecortada. O fato é que Mané herdou uma “bergere” da vovó Fani, de sagrada memória, falecida recentemente e foi essa poltrona que ele colocou ali no quarto. Muito confortável sem dúvida, ideal pra ficar lendo por horas a fio recebendo apensa a visita do cachorro que vem de tempos em tempos para ver, afinal de contas, o que se passa lá. Ele vem, senta, fica encarando, Mané faz uns cafunés sem desviar os olhos do livro e depois ele sai. Depois, Mané sentiu falta de um pedestal daqueles que ilumina a leitura por cima da cabeça e no sábado, na casa da sua mãe, deparou-se com a luminária que era usada pelo pai, também de sagrada memória. Mané enfiou o plug na tomada, torceu o botãozinho e “voilá”, a luz acendeu. Mané então convenceu a sua mãe a lhe entregar mais esta parte da herança ao que ela aquiesceu e Mané voltou pra casa com a sua luminária. Mané inaugurou o conjunto todo agorinha ainda há pouco, enquanto aguarda para jantar. Quarto escuro, silêncio, poltrona confortável, livro bom, cachorro encarando, luz bem acima da cabeça, que mais Mané pode desejar? Mané agora vai ler no colo da Dona Fani e iluminado pelo pai. 12/09/2016
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