sábado, 28 de janeiro de 2017

Num horário de verão agora longínquo nasceu certa vez a filha de Mané. Ele, que estava extasiado com a novidade, foi até o cartório pra registrar a pimpolha e teve uma discussão com o escrevente porque queria que constasse da certidão que a menina tinha nascido no horário de verão. O escrevente se recusou a fazer a observação e Mané voltou contrariado pra casa. Mané ficou pensando que, quando fizesse um mapa astral da garotinha, ele teria que ficar lembrando em aumentar/reduzir o horário do nascimento para que os astros dissessem a verdadeira verdade sobre os destinos da recém-chegada. Mané nunca fez mapa astral da filha, nem mesmo ela própria fez ou se interessou pela matéria. O horário de verão já teve mais magia do que tem hoje. Mané lembra que passava dois, três dias acertando todos os relógios e alguma confusão já aconteceu com um ou outro compromisso por conta de um que não tinha sido adiantado/atrasado. No fim do horário de verão era a mesma coisa. Hoje a magia se perdeu. Mané acordou e olhou a hora no celular tendo constatado que tudo já estava mudado. Todos os relógios que Mané usa já tinham sido alterados. Cadê a graça? 16/10/2016

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