sábado, 28 de janeiro de 2017
Por falar em dia dos namorados Mané remexendo em algumas coisas velhas encontrou um cheque emitido pela esposa em dezembro de 1982. Na noite da emissão daquele cheque Mané estava num bar perto da PUC comemorando a formatura de um amigo e na mesma mesa se encontrava aquela com quem ele viria a se casar dali a exatos dois anos, a emissora do cheque. Eles não se conheciam ainda, mas naquela noite Mané ficou de olho nela e planejava pedir ao amigo que lhe facilitasse o acesso àquela moça, já que eram colegas. Mané passou a maior parte da noite matutando como faria a abordagem, pois, pelo menos aparentemente, ela não tinha se dado conta da existência dele. Já quase no final da tertúlia, Mané que é uma pessoa tímida e pouco afeita a arrebatamentos, não tinha avançado nem um centímetro no seu plano de aproximação quando a moça começa a recolher seus pertences para se retirar. Em desespero, Mané procura sem descanso uma solução quando vê que a menina esta preenchendo um cheque, colocando no verso caprichosamente o seu telefone e jogando, displicentemente, o cheque no meio da mesa, a título de pagamento de sua parte na noitada. Olhando para os lados disfarçadamente, Mané então recolhe o cheque da moça e diligentemente o coloca no bolso e em seguida preenche um cheque de sua própria lavra com o dobro do valor e poucos minutos depois se retira com o seu amigo. Naquela noite ao pespegar um beijo de despedida na bochecha de sua futura esposa, assim como fez com todas as outras meninas que estavam na mesa, Mané aspirou profundamente o perfume que vinha dela e teve certeza que em poucos dias iria utilizar o telefone que estava no verso daquele cheque aninhado no seu bolso. A título de registro, Mané enfatiza que nunca depositou aquele cheque e que sua mulher também nunca percebeu o saldo a mais na conta. 12/06/2016
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