quarta-feira, 12 de julho de 2017

Num passado remoto Mané estava na casa de um amigo lá pelo final dos anos 1970. Estavam todos no quarto experimentando um baseado feito de uma erva muito boa, "da lata". Mané, o amigo, a irmã do amigo e mais uma pessoa que foge da memória. Pelas tantas, em meio a gargalhadas por nada, bateu a larica e todos foram para a cozinha e devoraram um bolo feito de profiteroles que estava na geladeira. Nisso chega em casa a dona da casa e todos acham graça do barulho dos saltos dela que se dirige ao quarto onde tinha se desenrolado a festinha e que, provavelmente, ainda estaria com bastante fumaça. Pouco depois o barulho dos saltos volta em direção à cozinha e a mãe entra na cozinha segurando um saquinho plástico cheio de maconha e, sacudindo o saco nos nossos narizes pergunta: "alguém pode me dizer o que é isso"? Enquanto todos ainda riam a filha responde: "ué, não ta vendo, é maconha"! Em meio à explosão de gargalhada a mãe, estupefata, responde: "maconha? imagina"! E atirando o saco na mesa se retira da cozinha, os saltinhos plect plect ploc, ploc, plact, plact. Corta para o ano de 2017. Mané está na casa de um amigo. Estão na cozinha e Mané precisa de uma caixa pequena para guardar um objeto. Um objeto lícito. O casal de amigos jura que tinham uma caixa daquele tamanho mas não conseguem encontrá-la. Súbito, a esposa volta do quarto do filho com ar vitorioso dizendo que achou a caixinha e eles a abrem para ver se o objeto cabe. Estupefatos, examinam o conteúdo que se encontrava na caixinha, um saquinho cheio da erva, dois baseados pela metade, etc. A mãe, em pânico diante da evidência, grita: "guarda tudo de novo do jeito que tava, vou por a caixinha no lugar"! Mané ficou sem a caixinha e saiu de lá com aquela música na cabeça: "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos paaaaaaaaaaais".

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