quarta-feira, 12 de julho de 2017

Tempos atrás, a revelia dos pais, Mané comprou uma moto. Era usada, estava meio gasta, mas era uma maravilha. Uma Honda CB350, sonho de consumo do muitíssimo jovem Mané que imediatamente se transmudou em motoqueiro e passou a singrar regularmente com seu bólido pelas ruas da cidade. Pelo fato de ser velha o banco da moto que já estava deteriorado rasgou-se e Mané, não tendo encontrado um original para substituir o antigo, conformou-se em adquirir um genérico de "rabeta", um modelo parecido com esse da foto. Nessa época Mané cortejava uma moça e um dia, após a troca de banco, convidou-a a dar uma volta de moto. A moça, que vinha resistindo à idéia por não gostar desse tipo de transporte, concordou com o passeio, mas ao se deparar com o tipo de banco, resolveu desistir mais uma vez. De fato, aquele banco provocava certo "escorregamento" do carona em direção ao piloto a cada frenagem e,...bem, se não houvesse intimidade suficiente talvez a encoxada pudesse ser considerada excessiva para a garota. E, aqui entre nós, outras meninas já tinham aceitado a carona e Mané tinha comprovado o efeito da inércia que o banco inclinado oferecia a cada frenagem. Aqui entre nós de novo, Mané achava até bastante prazeroso. Mas voltando à garota em questão, depois de alguma insistência, ela aceitou o passeio tendo o mesmo sido muito agradável. Nas frenagens, o banco não causou tanta espécie assim, Mané acredita que a garota até tenha gostado bastante da situação escorregadiça tanto que, algum tempo depois, ela se casou com Mané. 01/05/2017

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