domingo, 15 de outubro de 2017
Mané, certa vez, andou de chamegos com uma moça magrinha. Antes de tudo começar Mané achava impossível ficar confortável naquele corpo cheio de ângulos. Amigos abraçavam-se na chegada ou na saída e Mané tinha certeza que nuca iria gostar de se refugiar nas linhas retas da garota. Pouco tempo depois a coisa já funcionava de outro jeito e os abraços foram se tornando mais quentes e Mané se lembra de ter esquecido que ali só havia pontas e passou a apreciar os recônditos cartesianos da garota. O romance floresceu, Mané passou muitos meses naquele refúgio que agora achava mais que aconchegante. Mas, tudo acaba, e chegou um dia que Mané sentiu uma pontada quando a enlaçou com os braços. Mané tentou ajeitar de um lado, depois do outro, mas o cutucão continuava lá. Naquele dia Mané a deixou com a certeza de que o idílio tinha chegara ao fim, tinham perdido a embocadura, a garota tinha recuperado as arestas, the end. 15/10/2017
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário