terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Dia meio nublado, depois de muitos anos, Mané colocou o pé na praia das pitangueiras, bem ali embaixo do morro do Maluf, e seguiu com Salma e Anwar em direção ao pontão do edifício sobre as ondas. Temperatura agradável, praia cheia e as lembranças vão voltando conforme os lugares aparecem, trazendo de volta inúmeros verões [e invernos] passados desde a infância até quando nasceram os filhos. Os três caminharam com vagar pela praia toda, evitaram pisar na água que correm por aqueles canais que dizem ser de águas pluviais, tomaram água de côco, comeram sorvete e milho verde e fizeram o caminho de volta até a barraca montada perto do prédio. Mané sentiu saudades do pai, da tia, de amigos que não sabe mais onde andam [de alguns até sabe, mas sentiu saudade mesmo assim] e quando sentaram nas cadeiras Salma falou: “fomos e voltamos, uma hora de caminhada e não encontramos um conhecido sequer. Antigamente não era assim, onde foram parar as pessoas”? E Mané, que vinha pensando na mesma coisa, esticou o olhar para o horizonte infinito: é ali que as pessoas estão. 14/1/2018

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