sábado, 2 de novembro de 2019
Nessa época do ano os judeus costumam ir visitar seus mortos, agora entre o ano novo e o dia do perdão. Mané se animou, muniu-se de velas e foi ao périplo. Visitou primeiro a avó, sua companheira de infância, com quem sempre tem muitos assuntos a tratar e depois o avô que mal conheceu, lá não teve conversa. Depois foi ao pai, um cara com quem teve uma relação difícil, esse mesmo que lhe deixou o amor pelos livros, Mané caprichou no epitáfio, não se cansa de lê-lo. Depois fez um raide entre tios e primos, uns mais próximos outros mais distantes, com todos tem alguma história pra lembrar, coisas boas e também ruins, assim é a [morte] vida. Mané chegou ao cemitério com dois pacotes de velas, cada um com dez unidades. Sobraram seis, da geração de Mané pra cima, tem mais gente lá do que cá. Mané se sentiu confortado com o passeio mas ficou um pouco impressionado com a quantidade de mortos, além da dor no joelho por agachar tantas vezes para acender velas. Depois, fez um relatório para sua mãe que ficou triste. Ainda falando deste range familiar, ela, hoje, é a mais velha enquanto Mané, é o caçula. Fim da história. 06/10/2019
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