quarta-feira, 16 de abril de 2014

Mané lembra que antigamente era muito raro ter-se notícia da morte de algum conhecido. Morria gente por aí, mas conhecidos eram raros, quase nunca. Mané era um jovem, circundado de pessoas jovens, a morte era uma coisa distante. De uns tempos pra cá começou a morrer muita gente. Parentes mais velhos, parentes dos amigos, conhecidos menos próximos e próximos também. Isso dá o que pensar e, de uma forma mais explícita, Mané vai percebendo que a fila anda. Na lista de contatos do facebook de Mané já tem uma quantidade considerável de mortos. Eles continuam sendo marcados em fotos, de vez em quando aparece alguma publicação em seus nomes. É estranho! Mas mais estranho ainda são aquelas pessoas que ainda estão vivas, mas parecem mortas. Se é que me entendem. 25/01/2014

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